A Lara nos traz mais uma história de resgate de animais adultos, mas nesse caso resgatei uma gatinha e ganhei uma ninhada.
Uma noite levei o Baré (meu companheiro de quatro patas) para passear em um parque próximo ao meu antigo apartamento e ao passar por algumas barraquinhas de comida avistei uma gatinha linda deitada próximo às mesas. Ela ronronava para todos que faziam carinho e, claro, eu fui lá e fiz carinho na pequena. Uma das donas das barracas me disse que ela estava sempre por lá e o pessoal a alimentava todas a noites e eu pensei "ainda bem, pelo menos essa tem abrigo e comida". Na semana seguinte voltei ao parque, mas sozinha para poder correr e quem me recebe logo na porta? A gatinha claro, se esfregando na minha perna e dessa vez ronronando excessivamente. Abaixei-me para fazer carinho e quando olhei melhor percebi que ela estava grávida e o pior, a gravidez estava bastante avançada. Não deu outra, trouxe a danadinha para casa comigo, não conseguia nem imaginar ela tendo aqueles filhotes na rua, sozinha, com um monte de carro passando... e depois os filhotes crescendo e procriando.. não não.
Arrumei um cantinho para que ela ficasse confortável durante a noite e na manhã seguinte a levaria para a clínica para que pudéssemos avaliar sua saúde e gestação.
Quando o Sol nasce eu não tinha mais uma gatinha em casa e sim cinco! Ela foi resgatada na noite em que teria seus filhotes.. o universo estava a nosso favor naquele final de domingo. Me senti muito aliviada e muito feliz por ela ter tido os bebes em casa. Eram quatro bolinhas pretas menores que a palma da minha mão. Quatro anjinhos que transformaram minha casa em um berçário. A partir dali era só esperar e acompanhar o crescimento dos pequenos, que no começo só mamavam e dormiam e depois foram aprendendo a miar ao invés de chorar, a caminhar ao invés de se arrastar e a fazer travessuras ao invés de dormir hehe. Durante o período de amamentação já fui em busca de um dono para a mãe e que felizmente consegui rápido. Um rapaz muito atencioso, policial, que tem em Lara uma companheira (o nome, inclusive, foi escolha dele). Chique essa gatinha, não?
Passado o período de 45 dias ela foi castrada e entregue ao novo dono e teve início então a terceira parte de minha missão, castração, vermifugação, vacina e adoção dessas 4 bolinhas de pelo.
Com muito carinho vi esses pequenos crescerem e aprenderem a comer, usar a caixinha de areia e a brincarem sozinhos e em questão de um mês todos já estavam em seus novos lares.
O que quero dizer ao contar essa história é que se fizermos um resgate de cada vez, com calma e muito amor podemos mudar a vida desses pequenos. Foram 5 gatinhos e no final tudo deu certo. Infelizmente não podemos mudar o mundo e salvar todos os animais de uma vez (eu o faria se pudesse), mas podemos mudar sim o mundo desses pequenos que surgem em nosso caminho.
Não pode ou não tem como resgatar? Então auxilie a quem já faz isso com ração, remédios, doações em dinheiro, como voluntário em feiras de adoção etc. Sempre há um modo de ajudar, basta querer.
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