Proteção animal é um dos três principais temas deste blog e inicialmente gostaria de abordar uma questão que afeta diretamente todos nós, protetores.
Nós temos sob nossos cuidados todos os animais necessitados que cruzam o nosso caminho, e muitas vezes, quase sempre, não são poucos.
Então gostaria de falar sobre a situação em que o animal não cruza o nosso, mas o caminho de outras pessoas:
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Caros leitores,
Proteção NÃO é ligar para algum protetor conhecido e dizer "tem um cachorro abandonado/atropelado/com filhotes aqui. Você pode resgatá-lo?". Proteção é tomar parte na situação, é ajudar e acompanhar todo o caso.
Não sou protetor, então o que devo fazer se encontrar um animal nessas condições?
Quando um animal é resgatado, ele precisa de um lar temporário para que receba tratamento até estar pronto para doação, este lar pode ser a sua casa, a casa de algum amigo ou uma clínica veterinária. As clínicas costumam cobrar hospedagem, então explique que o animal foi resgatado e negocie um preço mais acessível ao seu bolso.
Se o animal está acidentado e é noite, procure um veterinário 24 horas, se for dia leve em uma clínica de confiança e depois do tratamento poderá ir para o lar temporário escolhido.
Após a cura de eventuais feridas ou doenças, o animal deverá ser castrado e vacinado e só então poderá ser doado. A castração é tão importante quanto qualquer outro procedimento já citado. Um animal castrado é o encerramento de um ciclo de abandono, pois ele mesmo, provavelmente é filhote de algum animal de rua que não foi esterilizado. Farei um post só sobre esse assunto para poder explicar a sua importância.
Castrado e vacinado? Próximo passo, feirinhas de adoção.
Muitos animais são divulgados na internet, mas eu acredito que feirinhas são mais eficientes. Divulgue, mas não espere um adotante somente por aí, feiras são a melhor opção. Busque a programação da sua cidade, entre em contato com o responsável e reserve um lugar para o seu resgatado nos próximos eventos.
Tenha paciência, o tempo de resgate varia de acordo com o caso, seu animal pode estar saudável, ser vacinado e castrado em uma semana e você pode encontrar um adotante logo em seguida, como há também a chance de ele estar muito debilitado e caso durar meses.
Tenha consciência de que o seu resgate é de sua responsabilidade, não abandone o animal no meio do processo e nem repasse o caso para outra pessoa, vá até o fim, e por isso eu recomendo, resgate um animal de cada vez, assim você não acumula gastos, poderá continuar com a sua vida sem muitas alterações e principalmente; salvará uma vida.
Pela minha experiência posso dizer que filhotes são doados com mais facilidade, mas nem por isso deixo de resgatar adultos. As suas adoções são mais demoradas, mas acontecem.
Na pior das hipóteses (pior mesmo, porque esse ano já estou na casa dos 20 resgates e doei todos), tenha sempre em mente que talvez você tenha que ser o adotante do resgatado. Assim o "seu mundo não cai" e nem o animal fica sem rumo, caso não apareça ninguém.
Ao encontrar um adotante, faça o acompanhamento da adoção e adaptação. Tenha todos os dados do novo lar do animal e de tempos em tempos ligue ou faça uma visita, para ter certeza de que está tudo bem. Infelizmente algumas pessoas adotam por impulso e o animal acaba sendo abandonado novamente ou sofre maus tratos. Depois de tanto trabalho, você não vai querer que o peludinho passe por todo esse sofrimento novamente, não é?
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Gostaria de saber de que outras formas pode ajudar sem necessariamente resgatar animais?
Em breve farei um post só sobre isso ;)
Adorei o post, Stephanie. Obrigado por compartilhar essas informações tão importantes.
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